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Não, não me refiro aos choques que há na estrada com carros a sério, ou àquele toca-e-foge, ao acelera e trava, ao chamar nomes às restantes criaturas que por lá andam mas, aos carrinhos de choque da feira. Estar meia hora encostada ao pilar da pista dá para observar algumas coisas e tirar algumas conclusões e ver coisas giras [parvas, muito parvas].
Assim que se chega perto, a música é o que mais chama à atenção. Quer dizer, talvez não, porque no meio de tantos carrosséis só é perceptível o barulho, que por sinal não é pouco. Mas talvez a luzes, o aglomerado de gente, as faíscas a soltarem-se da rede, mas para a minha pessoa o mais importante é a mística que transporta, pode haver carrosséis novos todos os anos, mas os CC estão sempre lá com lugar cativo, e toda a minha infância a cada semana de feira, só desejava ter as pernas maiorzinhas para poder andar nos CC dos grandes. Pessoalmente a partir do momento em que tirei a carta [dos carros a sério] os da feira deixaram de me interessar tanto, vá-se lá saber porquê. Não passei a chocar contrar os outros, nem com o virar todo do volante ele anda para trás e muito menos tem só um pedal [se bem que ao início eu desejava que os carros reais também só tivessem um pedal], mas pronto.
Mas gostei de ver os putos entre os 12 e os 17 com ar de quem 'domina a cena', vi malta com sacos cheios de fichas, vi muita gente chungosa, vi muitos gaiatos a conduzir o carro com ar de bad boy, vi muita gente de cigarro na boca [criaturas que vi ainda de chucha, agora com uns 15 anos], vi namoradinhos de adolescência, vi choques propositados porque o rapaz do carro da frente era todo giro, vi disputa pelos veículos na hora de trocar. Vi também velhos embriagados no meio da malta. E fiquei também algumas vezes de boca aberta, espantada com coisas que ou nunca tinha visto ou me surpreenderam.
Em suma, o fenómeno carrinhos de choque é algo