Diz-se por aí que é natal. Mas é estranho porque é só um fim de semana, com dois dias, como todos os outros.
É um fim de semana igual mas diferente. Nos outros não trocámos presentes no trabalho. Nos outros não falámos incessantemente sobre o que se come na ceia. Nos outros não tivemos encomendas de última hora a sair depois do horário de expediente. Nos outros não despachámos o trabalho com tanta velocidade a fim de às 16h59m estarmos quase prontos para sair. Nos outros não fizemos votos de muito amor, paz e harmonia. Nos outros não nos despedimos com beijinhos.
Mas... ontem não deixou de ser sábado, hoje continua a ser domingo, e daqui a pouco já estou a arrumar a trouxa para mais uma semana de trabalho porque, novidade das novidades, amanhã é segunda-feira e nem toda a gente tirou o dia ou lho deram. Contudo aposto numa coisa... aposto que amanhã para o almoço todos vamos levar peru assado no forno. Palpita-me.
Este é o meu primeiro natal em que estou no mercado de trabalho [daí talvez advir um espírito diferente] e como é óbvio, fiz questão de comprar presentes para aqueles mais próximos que me rodeiam. Não foram coisas muito caras, mas começo também a entender que há muitos presentes dados com o coração, e acima de tudo, os recebidos, cheios de boas intenções, onde o que menos interessa é o seu valor físico, mas que nos tempos em que passamos muito contam.
Bem, agora já chega de conversa fiada. Cá ficam os votos de um resto de um Feliz Natal, cheio de boas intenções. E agora, se me dão licença, tenho ali uma empanadilha com recheio de grão à minha espera antes do almoço... Até logo.