Não digo que a culpa seja da chuva, ou pelo menos toda, mas com certeza que ajudou à festa. Umas gotinhas apanhadas aqui, outras ali, sem chapéu de chuva, ora isto com mais um ventinho à mistura e talvez sem o melhor agasalho, tinha que dar molho.
Antes as minhas constipações ou gripes começavam obrigatoriamente com dor de garganta, mas só doía um dia, depois passava, e raramente tinha febre e dores de corpo. Quando era mais grave, tomava-se uns xaropes com sabor a rebuçado e uns pós com sabor a veneno e a coisa ia ao lugar. mas ainda me lembro quando era pequena, tipo adolescente, assim p'ró grandinha, vá com idade para ter juízo e me portar bem, que quando estas crises se passavam e que era necessário visitar o doctor, cheguei a fazer birras, a chorar mesmo porque não queria levar a bela da injecção no rabiosque. Grandes teatros, credo.
Nos tempos presentes a garganta vai doendo de dois a três dias. Assim uma pontinha de febre, dores de corpo, voz desafinada que nem uma galinha (pior que o habitual) a gastar aí uns dez pacotes de lenços por hora. Quer dizer se calhar é por dia. E claro que já tenho o nariz assado e vermelho, assim p'ró bastante.
Já não era muito amiga de ir a sítios tipo hospitais, centros de saúde e SAP's, acontece que desde que je teve com a magnífica da gripe A, a aversão foi completa. Aquilo de tratar as pessoas como extraterrestres, até parecia que eu era radioactiva, e que os ia matar a todos. Tudo bem que aquilo foi um bocadinho mais hard, mas isto já passava. Entretanto vou continuando com o leitinho quente com mel e uns cházinhos que são os remédios mais eficázes, que das outras drogas só em caso de extrema gravidade ou internamento.